
Portugal tem o segundo maior aumento de novas empresas na UE
Portugal foi o segundo país da Europa, no segundo trimestre de 2021, a registar um aumento de 5,3% no registo de novos negócios, em comparação com o trimestre anterior. Relativamente às bancarrotas, houve um crescimento de 1,8% em comparação com o primeiro trimestre de 2021.
Face ao período compreendido entre abril e junho de 2020, verificou-se um salto de 24% de declarações de bancarrota no segundo trimestre de 2021. No entanto, também os registos de novas empresas dispararam 53%.
O número de novos negócios tem vindo a aumentar desde 2015, segundo o gabinete de estatísticas europeu. No quarto trimestre de 2020 existiu um ligeiro recuo no numero de novas empresas, tendo sido invertido no quarto trimestre de 2020 e tendo uma subida mais notória no segundo trimestre de 2021.
Relativamente às empresa que fecharam portas, os apoios extraordinários trazidos pela pandemia levaram a um “recuo considerável” no primeiro semestre de 2020, mas nos últimos 6 meses do ano acabaram por ficar marcados pela evolução contrária, tendência que tem continuado em 2021.
Um estudo do Eurostat analisou a evolução destes dois indicadores por Estado-membro, o que permitiu identificar que os maiores saltos em cadeia de registos de novas empresas foram contabilizados pela Irlanda (+213,6%), Portugal (+36,1%) e Eslováquia (+19,7%). Já os maiores recuos foram verificados na Bulgária (-4,1%), na Lituânia (-4,1%) e na Roménia (-3,5%).
Quanto às declarações de bancarrota, Lituânia (+21,5%), Eslováquia (+20,3%) e Estónia (+19,1%) destacam-se como os países com maiores aumentos em cadeia, enquanto Roménia (-35,5%), Polónia (-30,8%) e Holanda (-6,3%) registaram os maiores recuos. Em Portugal, houve um crescimento de 10,9% das empresas que fecharam portas, entre abril e junho, face aos primeiros três meses do ano.
No que diz respeito à analise por setores, destaca-se o número de registo de novos negócios na área de transportes, informação e comunicação e seguros. Quanto às declarações de bancarrota, as quebras mais significativas foram nos transportes, alojamentos, restauração e comércio.
Em resposta à pandemia de coronavírus os Governos europeus — incluindo o português — lançaram uma série de medidas de apoio às empresas, na tentativa de “salvar” postos de trabalho, como olay-off simplificado, a flexibilização dos impostos e as moratórias bancárias.